Quem nunca ouviu falar no famoso SMS? Talvez esse termo não seja muito usado pelas pessoas, mas todos sabem do que se trata. O SMS, com significado da sigla, Short Message Service, em português, Serviço de mensagens curtas, é um serviço muito usado para troca de mensagens de textos breves que podem ser enviadas ou recebidas através de um aparelho celular.

O SMS, mais conhecido no Brasil como torpedo, está entre nós a mais de 10 anos, para tanto, ele começou a ser usado nos anos 90. A grande ideia na época do seu lançamento era a utilização de um serviço de mensagens que tivesse até 160 letras, na qual o usuário poderia usar 140 caracteres e o restante, estaria para controle da operadora, com baixos custos.

O conhecido torpedo, inicialmente, era muito usado pelo público jovem, ao qual, para trocar mensagens rápidas com outra pessoa e ainda conseguir escrever o máximo de informações em apenas um SMS, inventaram várias maneiras de abreviar as palavras. Por exemplo, "Tb kero", "Todo bm?", "Vc vai star em ksa hj?", entre outras abreviações.

Atualmente, a função do SMS tem se estendido para vários setores. Um bom exemplo disso são os programas televisivos que aceitam mensagens SMS em forma de votação referente a alguma atração ou disputa. Também é possível através de um torpedo solicitar o envio de músicas, horóscopo, dicas, como também outras tantas solicitações.

Como funciona o processo de envio e recebimento?

O processo de envio e recebimento de uma mensagem através de SMS é muito simples. O usuário escreve a mensagem no local determinado de seu aparelho, insere o número da pessoa ou serviço que queira solicitar e está pronto, a mensagem foi enviada com sucesso. Apesar do SMS ser considerado um serviço rápido e eficaz, o número de torpedos enviados pelos usuários teve uma queda acentuada no ano de 2010. De acordo com a consultoria Acision, que consultou 1.206 pessoas, entre idade de 18 a 65 anos, das classes econômicas A, B e C, no ano passado os brasileiros enviaram apenas 21 torpedos em um mês. Uma média bem abaixo de nossos vizinhos da América latina como Venezuela, com uma média de 200 torpedos enviados por mês e Argentina com 100. 

Para 77,8% dos entrevistados, a principal razão pelo baixo número de envios de torpedos é a falta de interesse no serviço. Par 9,5%, o motivo é o valor cobrado pelo envio das mensagens. Isso nos leva a crer que, o real motivo é mesmo a falta de interesse pelo serviço. Se pensarmos nos dias de hoje, em que um celular pode exercer diversos papéis, o SMS está sendo menos utilizado, já que, entrar em redes sociais, MSN, e-mail, ou mesmo qualquer outra ferramenta de comunicação instantânea acaba sendo mais rápida e direta o envio de uma informação.

Outro fator que deve ter propiciado para a desvalorização de envios de torpedo, como também a desvinculação das operadoras que atuam nesse mercado são os aplicativos utilizados através da internet que fazem o mesmo papel que os tradicionais torpedos. Com esses aplicativos não há limite de caracteres e também é possível enviar muito mais coisas do que uma simples mensagem de texto.

O "Whatsapp" é um aplicativo que, por exemplo, permite que as plataformas mais conhecidas interajam entre si e também pode ser compartilhado fotos, textos, contatos salvos na agendam entre outras. O "Touch" é outro aplicativo que pode ser usado para o envio de textos, fotos e também outros informativos. Não podemos deixar de citar também o "Facebook Messenger" , que permite ao usuários a troca de mensagens instantâneas. Com isso tudo, é indiscutível sobre a evolução das formas de enviar mensagens via celular, o que antes era monopolizado pelas operadoras, hoje há uma trivial concorrências entre os diferentes meios de comunicação instantâneas, sejam as redes sociais, MSN, Skype como também os vários aplicativos para celulares, smartphones e tablets.

Não creio na breve extinção do torpedo via celular, apenas sei que a tecnologia existe e que, as operadoras são sabedoras da situação atual e que precisam urgentemente se adequar ao meio para não virarem uma tecnologia obsoleta, como tantas já existentes.