Outra atração da Campus Party 2013, a ativista americana Rainey Reitman, diretora da Electronic Frontier Foundation (EFF), subiu ao palco do evento para alertar todos os presentes sobre a liberdade à internet.

Uma das afirmações da ativista é que todos os meios de comunicação digital, como messengers, chats e e-mails, podem ser monitorados pelos governos. Como prova, mostrou algumas fotos que mostram a empresa AT&T, que estaria criando um programa para capturar e guardar todos os dados de navegação dos usuários sem autorização, com a colaboração do governo americano.

Rainey citou vários exemplos do controle do governo sobre a privacidade das pessoas, principalmente no continente africano. A revolução egípcia em 2011 foi motivada por uma página no Facebook após o assassinato de um jovem pela polícia do país. A Etiópia e a Tunísia censuram por motivos políticos. Segundo Rainey, o único provedor de acesso etíope pertence ao governo e impede o acesso de muitos sites de notícias. Também, existem leis severas que punem blogueiros e ativistas que falem mal do governo.

Rainey também diz que, na China, o governo incentiva o uso de sites similares ao Facebook e ao Twitter, que são monitorados por profissionais que retiram qualquer conteúdo considerado impróprio. Os aparelhos seriam modificados pela Cisco, que fornece os equipamentos para os chineses, mas que não admite tal prática.

Marco Civil

A ativista disse que não é especialista em leis brasileiras, mas que nos Estados Unidos existem leis fortes que dizem que a responsabilidade das publicações deve ser dos usuários, e não das empresas.

"Há muita conversa por aqui sobre o Marco Civil, muitas negociações. A única coisa que posso comentar sobre o que ouvi, é que percebo muita transparência no Marco Civil. Os usuários de internet do Brasil precisam se envolver com ele. Precisam lutar pela sua própria liberdade", comentou Rainey Reitman.

Empresas grandes, como Google, Twitter e Facebook recebem pressão dos governos para que adotem regras sobre o que é permitido ou não falar.

"Tudo isso aumenta a sensação de que a liberdade de expressão está diminuindo", lamenta a americana.

E você? Concorda que a liberdade da internet está restrita e com controle do governo?