"Não vou investir na Internet por que eu não tenho um e-commerce, logo, eu não vendo pela web". Você já ouviu isso? Se ouviu, avise ao gestor da marca, que sim, o site dele vende. E muito. Independente se você é um e-commerce ou não, as pessoas - e isso é algo que só tende a crescer - estão cada vez mais decidindo compras através do seu site. Pesquisando na web e indo para a loja física. E vice-versa.

Nas minhas aulas de planejamento, eu sempre cito o caso da Mercedes-benz. Entre várias ferramentas que tínhamos (atendi a marca pela Agência Tesla por mais de 1 ano), uma das que provavam essa nossa teoria era o Google AdPlanner, que por ser uma ferramenta aberta, ou seja, qualquer pessoa tem acesso, posso falar dos seus resultados aqui: As pessoas que entravam no site da Mercedes, também entravam no site da Audi e BMW, porém, esses sites estão em 1º e 2º lugar na ordem, ou seja, quem entra no site da Mercedes, entra depois na Audi ou BMW. Se você analisar as 2 marcas, verá que a Mercedes substitui a marca analisada. Além disso sites como iCarros, WebMotors e AutoEsporte estavam entre os mais acessados (na época da pesquisa, hoje pelas campanhas, a categoria caminhão está mais relevante)

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Não precisa de nenhuma grande análise para sabe que pessoas que entram nesses sites estão buscando saber mais sobre os carros da marca. É possível, sim, em parceria com esses sites fazer uma análise dos acessos a busca por carros das marcas, mas isso tem que ser um acordo entre as partes, ou seja, cruze esses dados e já traz um perfil de pesquisa e consumo de mídia. Quanto mais informação você, planner, tiver, mais acertivo será a sua definição de perfil de pesquisa e quais as informações são essenciais para o seu site. Outro dado, é que cada vez mais, e ai em um parâmetro geral, o consumidor está chegando na loja dando "aula" ao vendedor sobre determinados produtos que ele quer ou deseja comprar.

Uma pesquisa feita nos EUA pela Incyte mostrou que 89% dos entrevistados citou o site da marca como a principal fonte de informação sobre produtos que estão propensos a comprar, ao passo que apenas 22% buscam informações nas Redes Sociais. É preciso esquecer as redes e focar apenas no site? Claro que não, mas é preciso fazer um trabalho de presença digital que culmine no site da marca, afinal, podemos ser impactados por banner na home de portal, concurso cultural em Facebook, tweet patrocinado, e-mail marketing, SMS ou qualquer que seja o impacto, quando a marca chamou a nossa atenção e gerou o interesse em saber mais, é no site que o consumidor vai para despertar o desejo pela marca. Cumprindo o ciclo Atenção, Interesse e Desejo de forma satisfatória, a Ação - e ai completa a teoria A.I.D.A - é quase que natural, sendo assim, o consumidor foi até o ponto de venda atrás da marca que ele viu anunciando.

A pesquisa mostrou que mesmo aqueles que se informam nas Redes Sociais sobre produtos ou marcas, vão ao site para saber mais. Planners, vamos analisar esse fluxo e principalmente o que abrange o "saber mais" pois pode ai, em uma estratégia focada de gestão e geração de conteúdo é que pode estar o diferencial estratégico, ou como o grande Julio Ribeiro diz, a "mágica do planejamento" (vídeo que vale muito a pena ver - abaixo), e mais uma vez a prova de que Redes Sociais não são apenas para venda, pois não vende. Ela é para relacionamento! As pessoas podem optar, em marcas ativas, em conversar com a marca para esclarecer dúvidas de produto.

Se a marca com a qual você trabalha, ou mesmo você, ainda acha que Internet não vende, melhor rever seus conceitos. E rápido!