O plasma é uma coleção de átomos neutros, elétrons livres e íons positivos, ou seja, de átomos que perderam elétrons. Normalmente, o plasma é descrito como o quarto estado da matéria. Vale notar que a matéria pode estar em três estados: sólido, líquido ou gasoso. Os níveis de energia é que diferenciam esses três estados. Deste modo, quando há mais energia na forma de calor, o gelo derrete e forma a água. Porém, com mais energia, a água evapora e surge o vapor. Após, ao adicionar mais energia ao vapor, os gases se tornam ionizados. O processo de ionização transformam os gases em condutores de eletricidade. Tal gás, que agora encontra-se ionizado e condutor elétrico, é chamado de plasma.

SÓLIDO > LÍQUIDO > GASOSO > PLASMA

O plasma não possui uma forma ou mesmo volume definidos. No Universo, o plasma é considerado o estado mais comum da matéria comum, sendo que a maior parte está concentrada no plasma intergaláctico e também nas estrelas.

O plasma não apenas reage, mas também gera campos magnéticos. Isso ocorre justamente porque se forma uma corrente elétrica no seu interior, isso tudo graças aos seus elétrons livres, como também pela Lei de Ampere, que forma um campo eletromagnético. Os elétrons também acabam se movimento de forma circular conforme o campo magnético do plasma, e com temperatura bastante alta, a movimentação pode causar emissão de ondas eletromagnéticas. Como exemplo dos campos magnéticos de grande intensidade é a formação das colunas de convenção de calor do Sol, que originam as manchas solares, bem como os ventos solares, entre outros.

Descoberta

O plasma foi descrito pela primeira vez em 1879, pelo físico inglês Sir William Crookes. Ele foi identificado em um tubo de Crookes, que é um tubo de vidro preenchido por gases à baixa pressão, e que possui eletrodos, ou seja, um polo negativo (cátodo) e um positivo (ânodo), que são ligados a um gerador.


Sir William Crookes.

Ao aplicar uma alta tensão ao gás que está na ampola, é possível observar a formação de raios provenientes do cátodo e com isso produzem uma fluorescência esverdeada ao se chocarem contra a parede de vidro da ampola. Deste modo o plasma é gerado na ampola de Crookes.


Ampola de Crookes.

Em 1928, Irving Lang denominou tais raios catódicos de "plasma", justamente em virtude do plasma das descargas elétricas poderem se moldar dentro dos tubos onde são gerados.

Atualmente, o plasma também pode ser encontrado nas lâmpadas fluorescentes e também em processos de esterilização. Além disso, também pode ser visto em lâmpadas de plasma.

Os chamados plasmas naturais podem ser vistos através das auroras Austral e Boreal. Elas são resultado do contato de átomos e moléculas da atmosfera, que são bombardeadas por partículas carregadas expelidas do Sol e defletidas através do campo geomagnético.

Exemplos de plasma

Conforme mencionamos antes, praticamente toda a matéria do Universo é constituída pelo plasma. Todas as estrelas são constituídas pelo plasma. Além disso, a magneto-esfera da Terra também é formado pelo plasma, como também a parte externa da Terra, o meio entre-estrelar e o vento solar. Outro bom exemplo de plasma na natureza são os raios.

Ainda na natureza, o plasma aparece nas auroras Austral e Boreal, que são plasmas naturais e ocorrem nas altas latitudes da Terra. Leia também o artigo O que é Aurora Boreal.


Aurora Boreal.

O plasma possui várias aplicações na ciência e também na tecnologia atual. A lâmpada luminescente é formada por plasma. Outro exemplo bastante conhecido entre nós a TV de plasma, como o próprio nome já sugere.

Com informações de: Brasilescola / Wikipédia