Durante sua explanação, Hastings comentava a respeito de que muitos usuários recorriam ao uso de VPNs e aplicativos como o Hola para conseguir ter acesso ao serviço de streaming da companhia, pois os mesmos mascaram o verdadeiro endereço de acesso, para assim obter o serviço completo.

Para o CEO da companhia, a saída para resolver esse problema, é tornar o serviço global: "A solução básica é que a Netflix se torne global e faça com que seu conteúdo seja o mesmo em todo o planeta, de forma que não haja incentivo para o uso de VPN; assim podemos trabalhar na parte mais importante, que é combater a pirataria".

Vale ressaltar que há um problema muito grande nisso tudo, não depende somente de uma decisão da Netflix, pois os estúdios de Hollywood que disponibilizam a grande maioria do conteúdo por ela exibido, acredita que essa é uma forma radical de tratar o assunto, uma vez que ela também conta com contratos de distribuição específicos para cada região do planeta.

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Para Hastings, a questão de VPN é pequena se comparada a da pirataria tradicional: "Um fato importante sobre a pirataria é que uma pequena parte dela ocorre porque os usuários do serviço não tem acesso ao conteúdo ao qual deseja acessar; essa parte nós conseguimos ajeitar... outra parte da pirataria ocorre porque eles não querem pagar e essa sim é a parte complicada da coisa. Como uma empresa, precisamos consertar o conteúdo global".

O bom dessa discussão toda, é que o CEO da Netflix não está sozinho nesta "briga", lembrando que em fevereiro, um dos representantes da comissão europeia sobre o mercado digital se posicionou contrário ao bloqueio geográfico, classificando a prática como um tipo de "discriminação".