Ao tocar a superfície do cometa, a sonda Philae quicou por diversas vezes até se estabilizar. A imagem divulga pela ESA nesta sexta-feira, 19 de dezembro, na verdade é um borrão fora de foco, uma vez que a sonda ao tocar o solo do cometa pulou por várias vezes até conseguir o pouso definitivo.

O sistema de câmeras da Philae estava programado para funcionar no momento exato que a sonda tocasse superfície do cometa e foi nesse exato momento que ela registrou essa "primeira" imagem; vale salientar que a sonda-espacial possuiu um sistema de câmeras acoplado junto a ela denominado de CIVA.

Segundo, Jean-Pierre Bibing, cientista da missão, disse ele que: "A imagem foi tremenda, literalmente, pois nos mostra que ainda não estávamos parados e sim em movimento; aquele momento foi terrível, pois não sabíamos se a velocidade de ejeção era maior ou menor do que a velocidade de escape. Então não sabíamos se iríamos volta a pousar na superfície".

Mas não foi somente essa imagem que a sonda Philae registrou do cometa 67P, outras imagens foram registradas, bem melhores que a primeira, claro, dando uma nítida impressão do que é a superfície de um cometa.

A Philae atualmente encontra-se em estado dormente, pois ela posou em um "buraco" que recebe pouca luz do Sol, com isso, seus geradores de energia não conseguem recarregar as baterias da sonda. De acordo com os cientistas da missão, eles esperam que nos próximos meses, quando o cometa se mover para dentro do Sistema Solar, o gerador volte a funcionar e assim recarregue as bateria da Philae para que mais imagens possam ser registradas.

Vale lembrar que no estado em que a Philae se encontra não é possível precisar a localização exata do robô, assim sendo, até o momento a nave-mãe, denominada de Rosetta é que está registrando algumas imagens da superfície do cometa.

Com essas imagens capturadas entre os dias 12 a 14 de dezembro pela nave-mãe, os cientistas esperam encontrar a sonda. Em relação a essas imagens, o coordenador do setor que cuida do sistema de câmeras da Rosetta, Holger Sierk, disse que: "O que pode parecer complicado, não é tanto, pois o olho humano possuiu uma capacidade muito boa de percepção para esse tipo de situação".

Para os estudiosos da missão, é muito importante saber a exata localização da sonda robô, pois isso irá ajudar os engenheiros a avaliarem sua real situação e suas chances de sair do estado de dormência.

Um dos cientistas da missão declarou que eles estão parados em um ponto escuro, esperando para que o Sol fique acima do horizonte local, só daí poderão saber certo onde estão; isso deverá acontecer somente entre os meses de janeiro a março.

Onde esse mesmo cientista ainda diz o seguinte: "Se conseguirmos descobrir rapidamente, vamos fazer uma avaliação para ver se temos energia suficiente para religar o sistema e estabelecer comunicação novamente". Em relação a essas espera, Matt Tayler, cientista do projeto Rosetta comparou a espera como a espera por um presente de natal.