O grupo hacker que diz ter invadido as redes da Sony está ameaçando atacar as salas de cinema que exibirem "A entrevista", um filme de comédia sobre um plano fictício da CIA para assassinar o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Um. Os hackers fizeram a ameaça através de sites de compartilhamento e ainda citaram o atentando de 11 de setembro dizendo que "o mundo será tomado pelo medo".

Vale lembrar que em 24 de novembro, a Sony sofreu um ataque virtual atribuído ao grupo "Guardians of Peace" (Guardiões da paz, em tradução). Como resultado do ciberataque, os invasores divulgaram e-mails, senhas e até roteiros de filmes.

O GOP, na mensagem compartilhada na terça-feira (16), disse que "irá mostrar claramente, nos momentos e lugares em que 'A entrevista' for exibido, incluindo sua estreia, o destino amargo daqueles que buscam diversão no terror. Em breve, o mundo irá ver o filme terrível que a Sony Pictures fez". Além disso, os hackers recomendaram que as pessoas fiquem longe das salas de cinema que forem passar "A entrevista".

A imprensa acredita que a Coreia do Norte esteja envolvida nas invasões. Pyongyang disse que o filme é um "ato de terrorismo", e investigadores sugeriram que ferramentas de ataques cibernéticos já realizados pela Coreia do Norte foram usadas na ação contra a Sony. O país, no entanto, nega qualquer envolvimento.

Após o GOP assumir a autoria dos ataques, esta não é a primeira ameaça recebida pela Sony. No início do mês funcionários receberam um e-mail do suposto líder do grupo ordenando que se opusessem às ações da Sony, do contrário iriam "sofrer danos". "Se não o fizerem, não apenas vocês, mas também seus parentes estarão em perigo", diz a mensagem.

Michael Lynton, presidente da Sony, reuniu-se neste início de semana com funcionários da companhia para avaliar as consequências da invasão. Amy pascal, executiva da Sony, sem dúvidas, foi a mais prejudicada com a invasão. Ela precisou pedir desculpas ao Presidente Barack Obama pelo vazamento de e-mails.

Em uma troca de mensagens com o produtor Scott Rudin, Pascal diz que deve perguntar para Obama sobre os filmes  "Django Livre", "12 anos de escravidão" e "O mordomo da Casa Branca", todos eles envolvem a questão racial nos Estados Unidos.