A Oculus VR, empresa responsável pelo Oculus Rift, dispositivo de realidade virtual, está sendo processada pela ZeniMax Media, empresa dona da Bethesda e da Id Software por roubo de informações sigilosas.

O processo foi registrado na última quarta-feira (21). O desentendimento entre as duas empresas teve início quando um dos fundadores da Id, John Carmack, saiu do seu antigo emprego para trabalhar na equipe do Oculus Rift. Com isso, a ZeniMax acusou Carmack de levar informações confidenciais de tecnologia para o novo emprego, alegando inclusive que ele se apropriou de forma indevida do código "know-how tecnológico" e propriedades intelectuais da ZeniMax. A acusação diz que o Rift "explora ilegalmente propriedade intelectual, incluindo código protegido por direitos autorais e conhecimento técnico relacionado a tecnologia de realidade virtual desenvolvida na ZeniMax depois de anos de pesquisa e investimento".

A responsável por Oculus Rift informou através de nota que "está desapontada, mas não surpresa pelas ações da ZeniMax e que vai provar que as acusações são falsas". A empresa ainda afirma que "não existe uma linha do código da Zenimax nos produtos da Oculus. John Carmack não utilizou nenhuma propriedade intelectual da ZeniMax. A razão principal pelos ataques é que John deixou permanentemente a Zenimax em agosto de 2013 porque a própria ZeniMax proibiu o desenvolvimento de tecnologias de realidade virtual. A ZeniMax não procurou a Oculus até a aquisição do Facebook ter sido anunciada, e aí começaram os ataques. O código fonte do Oculus Rift está disponível na internet pelo site developer.oculusvr.com, e ninguém até hoje identificou nenhum código ‘roubado’ ou tecnologia da Zenimax."

 "A tecnologia proprietária e o know-how que o Sr. Carmack desenvolveu quando era um funcionário da ZeniMax, agora usada pela Oculus, são de propriedade da ZeniMax", disse em nota a Zenimax.

Carmack nega todas as acusações. Ainda não há uma data para o julgamento.