A descoberta foi apresentada nesta quarta-feira, 15, no Museu de Ciências da Terra, na Urca, zona sul do Rio de Janeiro. Batizado de "Sahitisuchus fluminensis", o animal vivia no estado do Rio de Janeiro.

A espécie era exclusivamente terrestre, podia passar dos dois metros de comprimento e ter 1,2 metro de altura, já que não rastejava como os crocodilomorfos atuais. O animal tinha uma postura mais parecida com a de um javali, com pernas mais fechadas e eretas. Maior predador da região em seu tempo, ele se alimentava principalmente de pequenos mamíferos, como os abundantes marsupiais pelos quais o depósito de calcário de São José, em Itaboraí, é reconhecido mundialmente.

No "Berço dos Mamíferos", como também é conhecido o parque Paleontológico de São José de Itaboraí, localizado na cidade Itaboraí, região metropolitana do Rio, é onde foi encontrado o crânio parcialmente completo, em 1940, com 32 centímetros, bastante conservado, com as primeiras vértebras cervicais acopladas ao crânio.


Sahitisuchus fluminensis (Foto: Divulgação/CPRM)

De acordo com o CPRM, trata-se do mais antigo réptil fossilizado encontrado no Estado do Rio de Janeiro. Além disso, o estudo aponta que essa espécie sobreviveu à grande extinção de 65,5 milhões de anos atrás, que dizimou parte dos animais, incluindo os dinossauros.

O crocodilo guerreiro, como ficou conhecido, só foi apresentado agora, por que os cientistas precisaram reunir outros materiais (como dentes) para identificar características próprias do fóssil.