As principais empresas de tecnologia do mundo estão fazendo uma campanha contra a "falta de limites" do governo dos Estados Unidos. A invasão da privacidade dos usuários pelo país ficou clara após várias denúncias feitas.

A campanha reform government surveillance (Reforma da Vigilância do Governo, em tradução livre) está sendo comandada por companhias como Facebook, Aol, Google, Microsoft, Twitter, LinkedIn e Yahoo, e tem como princípio a ideia que "apesar de ser um dever do estado proteger seus cidadãos, ele deve criar regulamentações e leis para definir como o governo deve ter acesso a informações dos indivíduos". 

A campanha apresenta cinco pontos fundamentais: 1) Delimitar até onde o governo pode coletar dados; 2) Fiscalização e controle da vigilância da NSA por agências independentes; 3) Transparência nas ações; 4) Respeitar o tráfego livre de informações e 5) Evitar conflito entre governos.

"A segurança dos dados dos usuários é fundamental, e é por isso que temos investido muito em criptografia e estamos lutando pela transparência nos pedidos de informações do governo", disse o CEO do Google, Larry Page.

Marissa Mayer, CEO do Yahoo, diz que "é hora do governo dos Estados Unidos agir para restaurar a confiança dos cidadãos em todo o mundo", um sentimento apoiado pelo CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, que acredita que o governo "deve aproveitar esta oportunidade para liderar esta reforma e acertar as coisas".

De acordo com o governo dos Estados Unidos, a vigilância sobre os dados na rede estão relacionados a prevenção e controle de possíveis ameaças. No entanto, o fato está despertando muita desconfiança por parte dos usuários, já que não se sabe o limite real dessa vigilância nem o destino das informações coletadas.