O Google nos surpreende cada vez mais ao lançar novos produtos com bons níveis de tecnologia e praticidade para seus usuários. A exemplo disso se tem o Google Glass, um de seus últimos lançamentos que surgiu como uma nova visão de tecnologia e acessibilidade, sendo posteriormente utilizado em diversos ramos para distintas atividades. Como já era de se esperar, o Google lançou no mercado mais um de seus aparelhos, o Chromecast, um dispositivo que, acoplado na TV através da entrada HDMI, possibilita o usuário visualizar vídeos e filmes mandados diretamente do smartphone, Mac ou tablet.

Anunciado em 24 de julho deste ano, o Chromecast consiste em um adaptador de mídia, similar a um pen drive, que faz uso da entrada HDMI da TV para receber e enviar-lhe os dados transmitidos pelos aparelhos, tudo realizado mediante conexão Wi-Fi. Esta conexão, por sua vez, é possível pois este contém, em seu interior, uma versão simplificada do Chrome OS, o que permite esta sincronização. Usado geralmente por usuários com TVs sem acesso a internet, de modo a proporcionar uma interatividade e praticidade ao mesmo, este dispositivo tornou-se de grande funcionalidade e usabilidade. Contudo, há um detalhe não mostrado na maioria de seus comerciais, para utilizá-lo não basta apenas plugá-lo na porta HDMI, o Chromecast necessita de uma fonte de energia externa, através de um cabo USB. O que não chega a ser um grande empecilho, pois geralmente junto a porta HDMI na TV, existem portas USB.

Após ser lançado, o dongle se popularizou devido a sua acessibilidade, porém, a partir do dia 7 de outubro, passou a ser comercializado somente nos Estados Unidos, sob um valor em torno de US$35 e com uma promoção adicional da Netflix que provia acesso gratuito por 3 meses. Contudo, não se tinha a previsão de sua venda aqui no Brasil, mas já se especulava que, apesar do produto ser tão barato no exterior, devido aos impostos de importação e demais taxas, alcançaria um valor exorbitante caso comercializado em território brasileiro.

O Chromecast funciona de duas maneiras, ambas com vista a transmitir conteúdos à TV: a primeira é diretamente através de aplicativos web, como Youtube, Hulu Plus, Netflix e Google Play Filmes; a segunda, consiste na transmissão por meio de "tab casting", isto é, qualquer conteúdo que possa ser acessado pelo Google Chrome, podendo ser através de um PC convencional, tudo em formato Full HD. Atualmente é compatível com smartphones e tablets Android e iOS, podendo o conteúdo ser também enviado via Chrome para Windows ou OS X. Sua versão para Windows Phone 8, no entanto, ainda não está disponível, fato decorrente da falta de um app próprio da Google para a plataforma Microsoft; porém, as companhias já anunciaram que este app para Windows Phone será desenvolvido futuramente.

A configuração do aparelho é de extrema facilidade, pois é totalmente automatizado, sendo de rápida instalação por qualquer usuário. Para utilizá-lo, basta ter o aplicativo do Chromecast em seu aparelho e através dos apps do Youtube, Google Play ou Netflix, fazer a transmissão. Esta sincronização é feita de maneira bem simples, pois já estará presente no layout de cada app um ícone responsável pela transferência, basta selecioná-lo e o conteúdo do aparelho será transmitido na televisão.

A Amazon, que comercializava o dongle restritamente aos EUA, passou a vendê-lo para o Brasil. O valor, calculado em dólares, chega a aproximadamente US$ 90 com as taxas de importação e impostos adicionados, custando cerca de R$ 200, de acordo com a atual cotação do dólar. Isto poderá fazer com que usuários brasileiros pensem duas vezes antes de adquiri-lo.

Enfim, caso já tenhas um Apple TV ou consoles como PlayStation e X Box, a compra do Chromecast pode não se tornar muito atrativa, pois estas máquinas também possibilitam as tarefas oferecidas pelo aparelho do Google. Um de seus grandes referenciais, além da portabilidade e praticidade, é a questão de seu preço relativamente menor, comparado aos seus concorrentes. No que tange a pendências, este não possui plataforma para todos os apps de vídeos e filmes, tanto como para os sistemas operacionais. Contudo, deve-se deixar claro que o velocidade de transmissão e rodagem das mídias na televisão variará de acordo com a qualidade de sua conexão à internet.

Foto de Capa: Engadget