Mais polêmicas na maior rede social do mundo deverão surgir nas próximas semanas, tudo de acordo com a decisão tomada pelo Facebook nesta semana de voltar a permitir a postagens de vídeos e imagens com cenas fortes em sua rede. Segundo a empresa, a liberação destes conteúdos é em prol da liberdade de escolha, onde para eles, cada usuário deverá saber se quer ou não compartilhar esse tipo de vídeo ou imagem. Em maio um vídeo de decapitação foi muito compartilhado na rede social, fato que gerou muita reclamação, até que o Facebook o retirou do ar.

Em contato com a BBC, o Facebook declarou que não quer promover com isso nenhum tipo de culto a violência, mas somente permitir a seu usuário a liberdade de escolha quanto a visualização deste tipo de informação e assim condená-lo. De acordo com um de seus porta-vozes, disse ele que: "Haja visto que alguns de nossos usuários se opõe a conteúdos gráficos dessa natureza, estamos trabalhando para dar aos mesmos mais controle sobre o conteúdo que eles podem ver, podendo incluir avisos que alertem com antecedência o tipo de vídeo ou imagem que as pessoas irão ver".

Para o psicólogo Arthur Cassidy, que entrou na discussão, declarou que: "Basta alguns segundo de exposição desse tipo de conteúdo para que as imagens deixem um rastro permanente, pois o efeito destas imagens são muito devastadoras na mente de pessoas mais jovens". Ele conclui dizendo que: "Quanto mais impactante e mais colorido for a cena, mais destrutiva ela se torna". 

Em resposta a declaração de Cassidy, o Facebook diz que em seus termos de uso, proíbe terminantemente o cadastro em sua rede de adolescentes menores de 13 anos; mas todos nós sabemos que muitos burlam esses termos declarando ter mais idade.

A maior rede social do mundo se defende dizendo ainda que o compartilhamento deste tipo de conteúdo é realizado por pessoas como um ato de repúdio, de protesto, sendo que as mesmas condenam esse tipo de ação e o Facebook jamais iria liberar se os mesmos tivessem sendo comemorados, "pois daí lidaríamos com esses conteúdos de uma forma diferente", garante.

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