Na década de 70 era relativamente simples montar um plano de mídia. Haviam poucas emissoras de TV e rádios, poucos jornais ou revistas. Hoje a história é bem diferente. Só de sites “.com.br” existem mais de 2,3 milhões, não sei ao certo quantos desses estão abertos a publicidade e/ou programas AdSense do Google, mas acredito que mais de 1,5 milhão possa ter propaganda em seus espaços.

Só esse fator já mostra o quanto a mídia está fragmentada e com isso o quanto nós, consumidores, também estamos fragmentados. Não buscamos mais informação do produto na ficha técnica fornecida pela empresa. Buscamos no site da marca, pesquisamos o que falam nas Redes Sociais, entramos em blogs, pesquisamos preços e buscamos todas as informações no Google.

Diante ao cenário apresentado acima, será que fazer mais do mesmo adianta? Comercial de 30 segundos no Jornal Nacional, banner na home de mega portal, página dupla na Revista Veja, spot na emissora líder de rádio. Será que só isso adianta para gerar vendas no ponto de venda?

Não quero ser um desses teóricos do mercado que vai defender a internet até o fim e dizer que a Internet é a resolução de todos os problemas e que ela vai matar a TV, Rádio, Jornal, Revista. Muito pelo o contrário, uma vez que eu penso que a comunicação 360º é a ideal, e sou totalmente contra dizer que uma mídia “mata” a outra. Se a TV nos anos 50 não matou o rádio, não será nos anos 2000 que a Internet vai matar qualquer mídia.

O que pretendo passar nesse artigo é que é preciso inovar. Não apenas inovar em um comercial sensacional na Rede Globo ou em um banner expansível na home de um grande portal, é preciso inovar na forma como a marca constroi a sua presença digital, afinal, em época de Redes Sociais a reputação da marca é tudo!

Nós planners, devemos tomar muito cuidado com esse lado. Somos nós que entendemos o comportamento do consumidor e como construir a marca na mente das pessoas e por isso devemos estar atento a tudo o que acontece com nossas marcas em todos os ambientes; como sou planner digital a minha tendência é estudar a marca na internet, mas essa impacta o consumidor em outros pontos, por isso, defendo a comunicação 360º como sendo a mais eficaz.

Quando entendemos a forma como o consumidor compra (e vamos focar apenas na web) devemos entender todo o seu processo. Cada vez menos as pessoas entram na loja e compram. Elas pesquisam no Google, blogs, Redes Sociais e depois compram. Se a marca não está bem posicionada no Google, por exemplo, perde-se milhares de vendas; se existem mais críticas do que elogios da marca no Twitter vai perder mais vendas.

Fazer um anúncio de página dupla na Revista Veja gera impacto. A marca se comunica com 1,3 milhões de pessoas, mas nem todas as pessoas da revista são público para a marca. Dentro desse 1,3 milhões de pessoas uma porcentagem é público. Dentro dessa porcentagem, uma outra se interessou pelo anuncio, e onde ele vai buscar mais informações?

Dessa forma, apresento o porque é preciso se preocupar com a presença digital da marca, pois cada vez mais as compras on e off estão sendo influenciadas por pessoas que se relacionam com nossos consumidores e que indireta e diretamente podem afetar as decisões de compra.