Segundo pesquisa feita pela e-bit, empresa de informações de e-commerce, entre 2007 e 2008 a participação das pequenas e médias empresas no comércio eletrônico brasileiro aumentou 6%, enquanto a dos grandes caiu 3,3%. A previsão de faturamento do mercado em 2010 é de mais de 14 bilhões de reais.

A barreira de entrada dessas pequenas e médias empresas no varejo eletrônico é pequena. Com menos de R$ 100,00 por mês é possível ter uma loja na Internet. No entanto, são poucas que conseguem sobreviver ao primeiro ano de vida, devido, principalmente, à falta de planejamento e conhecimento do mercado. Os novos empreendedores do comércio eletrônico estão ganhando fatia de mercado porque se dedicam a segmentos específicos. Ao se especializarem, podem prestar informações sobre seus produtos, bem mais detalhadas e completas, fazendo com que os consumidores decidam pela compra em sua loja virtual de forma mais confiante.

Além disso, as pequenas lojas virtuais que se destacam, oferecem um serviço de atendimento mais personalizado e conseguem assim ganhar a briga com os grandes na qualidade de serviços e não apenas na guerra de preços. Isso é fundamental para atrair e reter os clientes. Atualmente as categorias que mais se destacam são moda e acessórios, saúde e beleza. Esse fato se dá devido ao aumento da participação do público feminino como compradoras virtuais. Outro fator que o empreendedor deve se atentar é que mais de 50% dos novos e-consumidores, ou seja, pessoas que fazem a primeira compra pela Internet tem renda abaixo de três mil reais. Para atingir esse público as lojas virtuais tem que oferecer parcelamento das compras.


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Outro aspecto interessante é que o marketing na Internet pode ser feito com custos reduzidos. Um pequeno empreendedor jamais conseguiria anunciar no horário nobre da televisão, mas na Internet, ele pode brigar com as grandes redes, em anúncios em sites de buscas e comparação de preços.
As redes sociais, cujo uso vem crescendo vertiginosamente em todo mundo, também tem sido bastante usadas para ações de marketing pelas pequenas empresas do varejo eletrônico. Com estratégias criativas é possível divulgar produtos e serviços em comunidades virtuais e sites de compartilhamento de vídeos e fotos, com custos muito baixos.

Em meu livro Como Abrir uma Loja Virtual de Sucesso (www.comoabrirumaloja.com.br), abordo os pontos críticos para que empresas de pequeno ou médio portes entrem no comércio eletrônico de forma planejada e coerente com seus objetivos. Antes de se aventurar no comércio eletrônico é preciso elaborar um plano de negócios bem detalhado, com metas claras e previsão de crescimento para os próximos três anos.

O empreendedor de e-commerce deve ter uma visão multidisciplinar. Não precisa ser um especialista, mas deve ter boas noções de tecnologia, finanças, logística, controle de estoques, marketing, design, atendimento e vendas. Tem que ser um bom comunicador e estar atento às novidades da Internet. Novos sites surgem frequentemente para oportunidades de parcerias e divulgação de seus produtos. Outro ponto importante é o relacionamento com fornecedores. Ao investir nisso, o empreendedor digital consegue reduzir seus prazos de entrega e custos de estoques e aumentar sua margem de lucro nos produtos. Bons fornecedores, com produtos de qualidade e que respeitam prazos de entrega, são fundamentais para o sucesso da loja virtual.

Em resumo, esse mercado vem crescendo muito nos últimos anos e as previsões para os próximos são bastante otimistas. Há espaço para pequenos e médios empreendedores, mas assim como em qualquer outra área, é preciso se capacitar antes de investir.