Na era “Pré-BI”, não existiam recursos informáticos (hardware, software e peopleware) eficientes que possibilitassem uma análise efetiva dos dados para uma tomada de decisão eficaz. Era possível reunir todas as informações de maneira integrada, consequente de alguns sistemas transacionais estabelecidos com predominância em dados que respeitavam uma determinada hierarquia, no entanto, reunidos como “blocos fechados” de informação, permitiam uma determinada visão da empresa, mas não representavam ganhos negociais.

Estamos falando do final dos anos 60, período em que cartões perfurados, transistores e linguagem COBOL era a realidade da Informática.

Era a época em que se via o computador como um desconhecido, um monstro de modernidade, mas que ainda parecia ser uma realidade empresarial muito distante, inclusive para grandes organizações.

O aspecto até certo ponto arcaico começou a transformar-se na década de 70, com o aparecimento das tecnologias de armazenamento e acesso a dados – DASD - e o Sistema Gerenciador de Banco de Dados - SGBD - duas siglas que possuem como significado direto o de determinar uma única fonte de dados para todo o processamento.

A partir daí o computador passou a ser encarado como um coordenador central para atividades organizacionais e o banco de dados foi considerado um recurso básico e imprescindível para assegurar a vantagem competitiva no mercado.

No começo da década de 90, a maioria das grandes empresas possuía apenas Centros de Informação (CI) que embora mantivessem estoque de dados, ofereciam pouquíssima disponibilidade de informação.

Entretanto, os CIs supriam, de certa forma, as necessidades gerenciais, fornecendo relatórios e gráficos. No entanto, muitas vezes, como acontece até hoje, alguns relatórios e gráficos são apenas “impressões coloridas bonitas” que enfeitam as mesas de gerentes e detentores da informação.

O mundo empresarial começou a se comportar de modo mais complexo e a tecnologia da informação rumou ao aprimoramento de ferramentas de software e hardware, as quais ofereciam informações precisas e no momento certo para definir ações que tinham como foco a melhoria do desempenho no mundo dos negócios.

Entre 92 e 93 surgiu um conceito novo cujo foco é a grande base de dados informacionais, ou seja, um repositório único de dados - Data Warehouse (DW) - considerado pelos especialistas no assunto como a tecnologia essencial para a execução prática de um projeto de BI.

Todavia, as opiniões nem sempre são unânimes. Na ótica de alguns consultores e analista é importante que a empresa que deseja implementar ferramentas de análise disponha de um repositório específico para reunir os dados já transformados em informações. Este tal repositório não precisa ser, um DW, mas algo menos complexo como, por exemplo, um banco de dados desenhado de forma personalizada para assuntos ou áreas específicas - Data Mart (DM), ou um banco de dados relacional comum, mas separado do ambiente operacional e dedicado exclusivamente a armazenar as informações usadas como base para a realização de diferentes análises e projeções.

Aguardo vocês no nosso próximo encontro.