3. Utilização de pacotes
Os pacotes de software, assunto tratado anteriormente, podem ser resumidos como programas pré-desenvolvidos e disponíveis no mercado para atender às necessidades da organização.

Essa opção é imensamente importante quando a empresa não tem profissionais técnicos aptos a desenvolver esse tipo de aplicação de alta responsabilidade.

As empresas desenvolvedoras de pacotes normalmente mantêm um departamento técnico especializado para promover o suporte e a manutenção do sistema, geralmente ligado a um helpdesk.

Do ponto de vista das organizações, o uso de pacotes minimiza o investimento em sistemas de informação pelo fato de ela não ter de desenvolvê-Io e porque o usuário tem de aceitar o sistema exatamente como foi adquirido.

A principal desvantagem do uso de pacote de sistemas é que, normalmente, ele não atende a todas as necessidades do usuário (sistema subdimensionado), o que força a organização a mudar seus procedimentos para se adequar à realidade desse tipo de sistema.

Em outros casos, o pacote de sistemas possui funções demasiadas (sistema superdimensionado), que não são utilizadas pelo usuário (subutilização), ou seja, o investimento no sistema acaba sendo elevado, principalmente porque o usuário não utiliza todas as ferra-mentas disponíveis.

Por esse motivo, deve existir, na organização, um processo de elaboração de questões relativas às necessidades do usuário que devem ser solucionadas.

Faz-se uma cotação das diversas opções de pacotes disponíveis no mercado e verificam-se quais características cada um deles pode resolver.

Em muitos casos é preciso criar um sistema de pontuação de necessidades para o cliente em que, a cada item satisfeito pelo pacote, ele ganha uma nota que irá destacá-Io ou não com relação aos demais.

É importante destacar que o uso de pacotes pode facilitar uma mudança estrutural na organização para que ela se adapte a eles, promovendo uma racionalização forçada dos processos administrativos e das políticas vigentes.

4. Ferramentas de engenharia de software
O desenvolvimento de sistemas de informação empresariais pode contar com alguns instrumentos que permitem a agilização do processo de modelagem e codificação do sistema. São eles que utilizam as técnicas de engenharia de software, automatizando o desenvolve-mento de sistemas e liberando tempo para dedicação dos envolvidos na modelagem das regras de negócio da organização.

Os recursos conhecidos como Case ComputerAidedSoftware Engineering, ou Engenharia de Software Auxiliada por Computador) representam a automação da modelagem de sistemas.

As ferramentas Case são o melhor exemplo do conjunto produtividade, qualidade, reengenharia, reutilização e repositório. Elas constituem o rompimento dos métodos tradicionais de desenvolve-mento de sistemas, estabelecem a automação das antigas metodologias e incentivam a concepção de novas técnicas.

O uso dessas ferramentas pode concentrar os esforços dos profissionais ligados à tecnologia da informação e dos profissionais especialistas em negócio nas tarefas e nos processos que exigem criatividade e racionalização.

Como principais produtos resultantes do uso de ferramentas Case, destacamse: produção automática de gráficos e diagramas; criação de protótipos da interface com o usuário e dos relatórios; geração dos códigos de programação; análise e verificação das especificações do projeto; geração da documentação do sistema.

As ferramentas case se dividem em dois grupos principais: ferramentas Case focadas na análise do sistema: ajudam na preparação das fases iniciais do processo de resolução de problemas, produzindo diagramas estruturais, de processos empresariais de fluxo de dados, fluxogramas, dicionário de dados, fluxos de trabalho e outros documentos; ferramentas Case focadas no projeto do sistema: aquelas cujo objetivo é desenvolver as fases finais do processo de resolução de problemas, produzindo a codificação do sistema, definindo e executando os testes dele e permitindo a sua manutenção.

O objetivo de qualquer um dos grupos acima que venha a ser utilizado é permitir a construção de sistemas sem desenvolver tarefas complexas, trabalhosas e árduas.

Uma nova fase dessas ferramentas é a possibilidade do desenvolvimento distribuído, admitindo que um grupo de desenvolvedores trabalhe com as diversas partes do mesmo sistema ao mesmo tempo.

Nesses casos, a ferramenta também permite o gerenciamento das várias partes do sistema, mantendo o código mais atualizado e fazendo com que as alterações locais sejam disseminadas.

A utilização de Case para o desenvolvimento distribuído precisa contar com algum tipo de padronização por parte dos integrantes envolvidos para não existirem divergências. Sendo assim, educar os usuários e os técnicos que utilizam o recurso é fundamental nessa abordagem.

Do ponto de vista organizacional, o uso de ferramentas Case deve estar vinculado a uma adequação de planejamentos às suas realidades e a uma política de treinamento adequado.

Na perspectiva de pessoal, deve ser dada a devida atenção ao sentimento de aversão que o recurso pode provocar pela suposição de que ela pode tornar o trabalhador obsoleto ou até mesmo eliminar a sua função. O grande objetivo da ferramenta é amplificar a capacidade criativa dos desenvolvedores para resolver problemas organizacionais.

Esse tipo de tecnologia continuará se desenvolvendo nos próximos anos com inclusões de novas metodologias e instrumentos de inteligência artificial.